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O barro na mão do oleiro

                               O OLEIRO E O BARRO             Como o barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em             minhas mãos, ó casa de Israel (Jr 18,6). A alegoria do oleiro e do barro é um dos textos mais belos, mais reveladores e mais pedagógicos da saga profética do Antigo Testamento. O elemento barro evoca o episódio bíblico da criação do homem. Uma matéria sem forma e sem expressão, que nas mãos de Deus se torna uma criatura, imagem e semelhança de quem o criou. Desde a metáfora da parte mitológica da narrativa criacional se nota a relação entre o barro, a argila, como uma massa informe e a capacidade transformadora de Deus. As Sagradas Escrituras se utilizam de inúmeras figuras e expressões para revelar Deus e o seu modo peculiar de agir na história. Entre estas descrições vamos destacar a imagem do oleiro, um artífice tantas vezes citado na cultura do Oriente Médio, fortemente acentuada pelo profeta Jeremias. Palavra que Javé dirigiu a Jeremias: &qu

Hexaemeron “OS SEIS DIAS DA CRIAÇÃO”

        Hexaemeron “OS SEIS DIAS DA CRIAÇÃO” Por: Prof. Me Allan Daniel Terra                               No princípio criou Deus os céus e a terra              Berešit bará Elohim het ašamayim we-ha’aretz Tudo tem seu começo com o grande anúncio criacional, que funciona como a explosão do poder de Deus. Há alguma divergência de tradução, entre as Bíblias cristãs, no que se refere à expressão “Deus criou os céus...”. Esta é uma questão que via-de-regra é levantada pelos participantes dos “cursos de iniciação ao estudo da Bíblia” que tenho assessorado pelo país. Se de um lado, quase totalidade das Bíblias católicas afirma que Deus criou “o céu e a terra...”, de outro, as protestante falam, quase todas em “criou os céus e a terra”. Se olharmos o original hebraico, utilizado na maioria das nossas escolas bíblicas, veremos que o verbete ašamayin está no plural, portanto o correto seria, de fato, criou os céus. Us judeu tinham como que uma “hierarquia” no céu; imaginavam-no e